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História

1958

Criação da Oficina Coração-Pulmão Artificial no Hospital das Clínicas FMUSP para o desenvolvimento da máquina de circulação extracorpórea (CEC) e início das cirurgias com CEC no HCFMUSP.

1964

Completadas 1000 Cirurgias realizadas pela equipe do prof. Zerbini no Brasil e países da América Latina com as máquinas de Circulação Extracorpórea.

1965

Marca-passo desenvolvido na Oficina Coração Pulmão tem o primeiro implante realizado por Dr. Delmont Bittencourt para tratamento de paciente com bloqueio A-V total no Serviço de Cirurgia Torácica do Prof. E. J. Zerbini no Departamento de Cirurgia da FMUSP.

1970

Segunda série de máquinas de CEC com a substituição dos oxigenadores de disco por oxigenadores de bolhas.

1975

Transferência da Oficina Coração Pulmão para o prédio do Instituto do Coração como “Centro para a pesquisa em Bioengenharia (CEPEB)”.

1981

Início das pesquisas em assistência Circulatória com a construção do primeiro console de acionamento para Ventrículos Artificiais.

1984

Desenvolvimento do Balão Intra-Aórtico.

1990

Construção de cateteres de valvuloplastia e de angioplastia.

1993

Implante de ventrículo artificial desenvolvido na Bioengenharia coloca o Instituto do Coração como pioneiro na América Latina.

1995

Completados 2600 implantes de próteses valvares de pericárdio bovino desenvolvidas na Bioengenharia.

1997

Desenvolvimento de estimuladores para cardiomioplastia.

2003

Desenvolvidos transdutores de pressão sanguínea arterial.

2004

Desenvolvido novo sistema de controle de ventrículo artificial.

2006

Tecnologia da Bomba Centrífuga e fluxômetro eletromagnético é transferida para indústria nacional.

2015

Primeiro protótipo do dispositivo de Assistência Ventricular Pediátrico.

2021

Testes pré-clínicos da bomba rotativa pediátrica.

2022

Implantação do Laboratório de Impressão 3D no planejamento cirúrgico.
Esquemático da circulação

As máquinas de circulação extra-corpórea permitem manter a circulação do sangue do pacientedurante os procedimentos cirúrgicos complexos e que necessitam que o coração esteja parado.

Nessa situação o sangue o sangue recebe do oxigenador, que representa um “pulmão artificial”.

Esquemático da circulação do sangue utilizando a máquina de circulação extra-corpórea (CEC) e oxigenador artificial


A construção das máquinas de CEC e oxigenadores no país resultou em grande avanço para a cirurgia cardíaca brasileira. A técnica foi posteriormente disseminada nos países vizinhos, tendo a equipe completado a realização de 1000 cirurgias com CEC na América Latina em 1961.O conhecimento adquirido possibilitou que em 1968 o prof Zerbini realizasse o primeiro transplante cardíaco no Brasil, 18° mundo. Muitos outros desenvolvimentos se seguiram. Em 1965 Delmont Bittencourt, realizou o primeiro implante de um marca-passo desenvolvido na Oficina Coração Pulmão. A fabricação de marcapassos cardíacos permitiu substituir os importados e ampliar o tratamento a um número maior de pacientes. Entre 1969 a 1975 foram produzidos 667 marcapassos do tipo assíncrono na Oficina Coração Pulmão, chefiada no período pelo Dr. Seigo Tsuzuki. Esses marcapassos foram utilizados no tratamento de pacientes com bloqueio A-V total no Serviço de Cirurgia Torácica do Prof. E. J. Zerbini no Departamento de Cirurgia da FMUSP.
O domínio da tecnologia de marcapassos pela equipe contribuiu para a implantação e operação da Clínica de Marcapassos no Instituto do Coração.
Além dos marcapassos cardíacos foram desenvolvidas próteses valvares para substituição de válvulas cardíacas comprometidas. Entre os anos de 1969 e 1975 foram construídas mais de 600 próteses valvares mecânicas implantadas no HCFMUSP.
Prótese valvar mecânica metálica construída com esfera de silicone e anel revestido com tecido sintético
Produção das esferas de silicone em prensa por João Sampel, atualmente lotado no Laboratório de Protótipos mecânicos Laboratório de protótipos mecânicos
Detalhes do processo de montagem da prótese
Em 1975 com a criação do Instituto do Coração, a Oficina Coração Pulmão foi transferida para o InCor como “Centro para a pesquisa em Bioengenharia (CEPEB)”.
Em 1978, o prof. Zerbini, então presidente do Conselho Curador do Instituto do Coração propõe a criação da FUNDEBE (Fundação para o desenvolvimento da Bioengenharia), tendo como primeiro presidente o Dr Seigo Tsuzuki, ficando o Dr. Kenji Nakiri a frente do CEPEB. Em 1982, a FUNDEBE passa a ser Fundação Zerbini com o encerramento da carreira acadêmica do prof. Zerbini.
A partir de 1982, o Prof. Adib Domingos Jatene como titular da disciplina de Cirurgia torácica da FMUSP amplia e promove a colaboração entre as áreas de cirurgia e bioengenharia. Dentre as várias inovações do período estão as próteses valvares de tecido biológico, o balão de valvuloplastia (1988), o cateter-balao para angioplastia (1990) e o ventrículo artificial. A partir de 1987 o CEPEB passa a ser dirigido pelo prof. Adolfo Leirner.
Em 1993 o implante do Ventrículo Artificial desenvolvido no INCOR o torna pioneiro na América Latina.
Bomba de sangue
Paciente implantado com o ventrículo artificial caminha na UTI do InCor.
O ambiente de inovação em cirurgia criado pelo prof. Zerbini e seu sucessor na direção do InCor, prof. Adib Jatene permitiu a disseminação da tecnologia desenvolvida através do treinamento de cirurgiões e engenheiros, e alguns deles criaram suas próprias indústrias de equipamentos e dispositivos médicos.
Evolução das máquinas de circulação extra-corpórea e oxigenadores de sangue desenvolvidos na Bioengenharia e utilizados nas cirurgias do Instituto do Coração até 2010.
Anos 60
Anos 70
Anos 80
Anos 90
Detalhe do mecanismo peristáltico de impulsionamento do sangue

Em 2005 tem início as pesquisas para o desenvolvimento de um Dispositivo de Assistência Ventricular Pediátrico.
Capa da Revista FAPESP em comemoração aos 80 anos da USP
Bomba de sangue rotativa com acionamento magnético
Em 2006 foi finalizado o desenvolvimento da primeira bomba centrífuga no país e a transferência dessa tecnologia para a indústria nacional.
A partir de 2010 a Dra. Idágene Cestari assume a direção da Bioengenharia com a reorganização das áreas de pesquisa em Dispositivos de Assistência Ventricular, Novos materiais e Modelos cardiovasculares
Em 2015 pesquisadores recebem o Prêmio Péter Muranyi de Inovação em Saúde
Profa. Idágene Cestari, enga.Helena Oyama, engo. Marcelo Mazzetto, engo.Simão Bacht, Prof. Marcelo Jatene, Dr. Ismar Cestari (esq. para direita)
Em 2018 foi criado o Laboratório de Investigação Médica em Bioengenharia (LIM65) na Faculdade de Medicina do HCFMUSP
Em 2022 foi instalado a impressora 3D DAP J750, para impressão digital de modelos anatômicos com alta resolução Impressão 3D em Medicina